Senhor Hermético

ilustração: retina78.com.br Na resenha de A FERA NA SELVA – HENRY JAMES, postada no dia 23/07 no Instagram, falei sobre como somos “ensinados” que a nossa vida para fazer sentido precisa de feitos grandiosos e admiráveis. Não nos é admitidos uma vida sem que nada aconteça.   “Não teria sido fracasso ter falido, ter sido desonrado, exposto a execração pública, enforcado; o fracasso era não acontecer nada.”   Assim imaginava John Marcher, personagem do livro A Fera na Selva. Marcher esperava que lhe acontecesse, inesperadamente, um grande e único acontecimento, que mudaria sua vida para sempre.   “... não, não é nada que eu deva fazer, realizar neste mundo, que me torne famoso ou admirado.” “Não sou idiota a este ponto. Penso como alguma coisa natural e é claro que inconfundível, acima de tudo. Penso simplesmente como sendo A Coisa em si, vai parecer natural.” “A imagem de sua vida que ele acabara delineando era que alguma coisa estava lá, a esperá-lo, nas curvas e torneiros dos

“Não admitimos a infelicidade, só a felicidade nos parece justa.” O diabo no corpo – Raymond Radiguet   Quando eu li essa frase já no finalzinho do livro O diabo no corpo do Radiguet imediatamente fiquei pensando como ela poderia servir de base para uma conversa no blog, estar vivenciando esse período de pandemia, quarentena, isolamento social me faz refletir cada vez mais sobre alguns assuntos e falar sobre felicidade x infelicidade quando todas as nossas emoções estão reviradas, confusas se faz oportuno.   Elke Maravilha, por ela mesma. Braxil Filmes Elke Maravilha dizia que não tinha problemas com bandidos, que até eles, tem ética e honra. E em uma entrevista para um documentário ela disse “O que seria do mundo sem bandido? Sem o mal, exército morria de fome, policial morreria de fome, advogado, juiz, promotor morreria de fome, arte não existiria mais, porque a arte veio para salvar. Igreja não ia precisar a maior parte das doenças não iria ter, é desconfortável, a pessoa

No dia 3 de dezembro de 2019 chegou ao CCBB Brasília à exposição BJORK DIGITAL que ficou em exibição até o dia 9 de fevereiro de 2020, infelizmente não consegui ir, mas fiquei com alguns folders da exposição e após fazer algumas leituras e reflexões dos mesmos, senti a necessidade de colocar isso em palavras, de alguma maneira. Bjork avatar - foto divulgação da exposição É uma espécie de exercícios para quem conseguisse ir a visitação fazer após, uma espécie de prolongamento das experiências proporcionadas pela exposição. Exercícios com o corpo, que se transforma diariamente, que muda imperceptivelmente e que é tão nosso e de alguma maneira acabamos não nos apercebendo disso da forma como deveríamos. Exercícios que ativam nossos sentidos, nossos sentimentos por meio de das muitas nuances de nossas emoções. “MOMENTOS DE CLAREZA SÃO TÃO RAROS / É MELHOR REGISTRAR ISSO / AFINAL, A VISTA É FEROZ / TUDO O QUE IMPORTA É.” Há algum momento da sua vida que você gostaria de

O mundo às vezes precisa de um reset. Guerras, pandemias ocorreram em diversos períodos e depois de tais eventos o mundo nunca mais foi o mesmo... Estamos vivendo um período um tanto quanto maluco, pessoas não acreditam mais na ciência, duvidam do poder das vacinas e até retrocedem em dizer que nosso globo terrestre não passa de uma terra plana. O aquecimento global virou uma firula, poucos dão a importância que o tema necessita, o sistema que estamos inseridos do ganho desmedido e do lucro acabam com as reservas do planeta, enriquecem uma parcela mínima enquanto milhares de pessoas morrem de fome afundados na mais terrível miséria. E no meio de tamanho caos somos assolados com um vírus exterminador, tão potente em transmissão quanto em ceifar vidas. Um vírus que age rápido. Na velocidade que o mundo passou a caminhar... De repente tudo parou, estamos todos trancados em casa, o medo virou talvez nossa única companhia, pontos turísticos ao redor do globo vazios, shows cancelados,